Existe uma tensão entre o que nós fomos, somos e seremos.
Essa tensão pode minimizar ou maximizar aquilo sempre somos em Cristo. Em
certos momentos podemos nos sentir fracos e nulos frente às circunstâncias da
vida. É como se a fé fosse um termo abstrato, sem poder de alterar
absolutamente nada. Outrora nos sentimos triunfantes, exclamamos com tamanha
confiança nossa posição de filhos de Deus, como se já tivéssemos alcançado o
alvo. Mas, não muito depois dilemas voltam a inquietar. Qual é a realidade do
que realmente somos em Cristo? Temos em nós o poder de nos tornar filhos de
Deus e, a medida que nos identificamos com Cristo, nos tornamos proféticos.
Pois, a profecia não se limita ao tempo condicionado do que apenas fomos, somos
e seremos. Ela engloba toda nossa
existência com propósitos, como num invólcruo mergulhado na eternidade. Quando
compreendemos a verdade de que fomos criados por Deus e para Deus, estaremos
certos de que tudo realmente coopera para o nosso bem. Por isso não desanime e
tenha fé de que Deus lhe envolve e te conduz para o Seu propósito, que é estar
junto a Ele.
O perdão que Deus nos concede é de conseqüência
imediata. Se Ele nos perdoa, de súbito podemos experimentar a liberdade plena
de qualquer sentimento de culpa. Por isso precisamos reconhecer e não
re-interpretar as raízes da culpa, segundo nossa interpretação falha, do que é
certo ou errado. Em última instância, porque me senti ou me sinto culpado? Se
voltar a errar não traga à tona aquilo que anteriormente já fora perdoado. Senão você não terá fé para
admitir e se apropriar da verdade de que Deus realmente lhe ama e o quer livre
de qualquer peso. Maior é Deus do que nosso coração. Toda culpa perdoada tem um
ponto final e a partir dele começa o novo. Esse novo é a plenitude das bênçãos
provenientes da cruz, sendo de imediato transferido a nós. Quando assim
acontece, somos tomados de tal forma pelo poder de Deus, que não temos outra
coisa em nosso coração, senão o de adorar. Não podemos reconhecer e O adorar,
se houver qualquer bloqueio não resolvido, que não nos deixa entrar na dimensão
transcendente da adoração em Espírito e em Verdade.
Na parábola do filho pródigo o que
chama atenção é o irmão que não saiu. Mesmo estando sempre com o Pai não
usufruía de tudo que podia. Em função disso ele até pode ser considerado o um
filho pródigo que não saiu, mas não viveu a amplitude das riquezas do reino.
Assim, muitos irmãos, sempre estão prontos a criticar e inconformados ficam,
quando o pecador experimenta o amor da reconciliação. Eles entendem que seus atos de justiça os tornam mais dignos e
assim vivem no sacrifício da vida cristã e não na misericórdia. Não conseguem
compartilhar a essência do que realmente é a vida cristã, pois não experimentam
aquilo que esta sempre a disposição. Esses então se tornam juízes daquilo que
Deus faz, que é amar e perdoar. Se sentem ameaçados em perder daquilo que não é
apenas seu, mas de todos que são filhos, mediante Cristo. Abra os olhos e deixa
Deus correr em sua direção, envolvendo-te com Sua presença.
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